3 de setembro de 2009

Afasta de mim este cálice...



Ah! a ditadura. Qual é o estudante de comunicação social, mesmo aquele que sequer viveu nesse momento histórico, que consegue olhar pra cicatriz da censura sem se incomodar ou se sentir ofendido? Não precisa ser aquele estudante barbudo esquerdista com a camisa do Che, um simples cidadão que tenha o mínimo de conhecimento do período sente em si a dor que o país sentiu ao ser perseguido e calado, a perda dos direitos políticos e da liberdade.

E justamente nesse contexto entra a música Cálice do nosso amigo Chico Buarque de Hollanda. Não que eu seja um grande fã, mas as músicas políticas em especial me chamam muito a atenção. Que maestria do ateu, em usar as palavras de Cristo na cruz do calvário. E tinha que ser muito maestro, afinal, a música foi censurada na época pelos militares, e mesmo assim, era impossível manter calada a boca.

Hoje eu assisti a um vídeo sobre como o mundo muçulmano esta em expansão, embaixo dos nossos narizes. O vídeo parece que é da Primeira Igreja Batista de São José dos Campos, e nos faz acreditar que em torno de 7 ano, o islamismo pode ser a religião predominante no mundo. Sinceramente não sei com base no que especificamente eles chegaram a essa conclusão, mas... Vamos pensar um pouco. E se isso for verdade?

Que eles estão dispostos a se explodir pelo islã nós já sabemos, agora, e a igreja, está disposta a fazer o que pelo evangelho e por Jesus? E se chegar um momento onde só nos restará nos calar e cheirar fumaça de óleo diesel, afinal, se por liberdade política já aconteceu tudo que aconteceu na história do Brasil, pense o que poderia acontecer por liberdade religiosa em todo o mundo. Não to falando que você precisa começar a estocar munição para uma guerra religiosa, que nem sabemos se pode mesmo ocorrer, afinal de contar, se cremos no evangelho que cremos, então acreditamos que a luta já foi vencida.

Pensando em igreja perseguida, não seria nossa primeira vez. E o mais engraçado é pensar que foi justamente no contexto de perseguição que a igreja mais cresceu. Às vezes eu até acho que talvez fosse mesmo necessário sermos perseguidos, pois pode ver, os números não andam muito animadores em relação ao crescimento da igreja.

Não é de hoje que o evangelho tem urgência. Não é de hoje que estamos ameaçados, por carregarmos uma verdade libertadora. E o tempo de agir é hoje, pois este é o nosso cálice.