15 de setembro de 2009

Tomando a Pílula Vermelha


“Você toma a pilula azul - a história acaba, você acorda na sua cama e acreditam no que quiser acreditar. Você toma a pílula vermelha – você fica no País das Maravilhas e eu te mostro até onde a toca do coelho vai.”
E assim começa a viagem de Neo pela Matrix, onde ele acaba por descobrir que o mundo em que vivia era uma falsa verdade, construída para que ele não percebesse o que estava a sua volta.

Existem várias referência filosóficas no filme Matrix, e uma delas é o do Mito da Caverna de Platão, e os vestibulandos sabem do que estou falando. O mito é uma alegoria, e quase uma parábola criada para mostrar que trata da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade.

Muitos cristãos consideram essa a questão que exemplifica a conversão, quando a pessoa sai da ignorancia do mundo, e acaba por conhecer a luz que é Jesus. Mas e se a parábola for para os próprios cristãos convertidos, batizados e discipulados que vivem nos recôndidos de suas igrejas? E se aqueles que vivem fora da luz, numa liberdade limitada formos nós mesmo?

Afinal de contas, conhecemos a verdade e ela nos libertou não é mesmo? Será? A verdade é que nos apegamos a um modo farisaico de vida, onde o molde ficou mais importante do quem a essência, ou seja, a vida aparentemente “cristã” mais importante que o próprio Cristo, os usos e costumes mais importantes que a verdadeira liberdade.

Até quando vamos endemonizar tudo que não se refere a forma “cristã”, seja música, trabalho, locais, pessoas... Acredite, é possivel estar com Jesus ao som de Beatles, ser cristão num barzinho. Isso é muito mais que uma quebra de paradigmas, isso é libertação, isso é viver não o molde, mas a essência. Isso é seguir o coelho branco. Qual pilula você escolhe?

1 pitacos:

Thiago Gabardo Belo disse...

Texto divertido! Mas suas concordâncias em Chico Bento!